Trabalhadores denunciam a falta de insumos, cirurgias canceladas e UTIs fechadas no Hospital da Mulher, em Fortaleza. Segundo relatos de funcionários e usuários da unidade, o Hospital e Maternidade Dra. Zilda Arns Neumann, localizado no bairro Demócrito Rocha, está enfrentando sérios problemas que afetam o atendimento à população. Além da carência de medicamentos e insumos básicos, há também o atraso no pagamento dos profissionais que atuam na unidade. Esses fatores têm gerado um clima de insatisfação e preocupação entre os trabalhadores e pacientes que dependem dos serviços oferecidos pelo hospital.

O Hospital da Mulher de Fortaleza é um dos 10 hospitais públicos municipais e atende a uma vasta gama de necessidades de saúde. A unidade oferece 16 especialidades médicas, incluindo ginecologia, obstetrícia, cirurgia geral, traumatologia e cirurgia vascular. Além disso, o hospital disponibiliza exames, banco de leite, leitos neonatais e salas para o acompanhamento de pré-parto e parto natural, sendo uma referência importante para o atendimento da saúde da mulher e de outras especialidades.

No entanto, a situação tem se agravado, especialmente na área neonatal. Um dos maiores problemas relatados pelos trabalhadores é a falta de cateteres de infusão, equipamento essencial para a administração de medicações em bebês recém-nascidos. A escassez desse item levou ao fechamento de quatro leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, o que compromete a capacidade de atendimento da unidade para casos de extrema gravidade entre os recém-nascidos.

Em resposta às denúncias, a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza garantiu que o Hospital da Mulher “segue em pleno funcionamento”. De acordo com a secretaria, a unidade está operando de forma regular, apesar dos desafios relatados. No entanto, a falta de insumos e os problemas estruturais continuam a ser uma preocupação crescente para trabalhadores e pacientes, que aguardam melhorias para garantir a qualidade do atendimento na unidade.